A Ucrânia e a Rússia chegaram a um acordo em relação ao monitoramento e à proteção da usina nuclear de Chernobyl, que fica em Pripyat, no território ucraniano. Ambos os países deverão proteger conjuntamente a segurança das unidades de energia e do sarcófago do território durante o conflito, para evitar tragédias nucleares de grandes proporções na Europa. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 17, pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova. “Estamos determinados a continuar fazendo todos os esforços para garantir a segurança das instalações”, disse ela.
De acordo com Zakharova, quando as tropas russas assumiram o controle da central nuclear de Chernobyl, elas garantiram que nenhum dano fosse causado à segurança. A porta-voz reforçou que os níveis de radiação continuam normais, como confirmado anteriormente pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Entretanto, o Ministério da Defesa ucraniano já chegou a acusar a Rússia de planejar um ataque terrorista na central nuclear para tentar incriminar a Ucrânia em seguida. “De acordo com as informações disponíveis, [o presidente russo] Vladimir Putin ordenou a preparação de um ataque terrorista na usina nuclear de Chernobyl. A Rússia planeja criar uma catástrofe, provocada pelo homem, pela qual os ocupantes tentarão transferir a responsabilidade para a Ucrânia. No entanto, tais ações de Putin terão consequências catastróficas para o mundo inteiro”, dizia uma publicação da Pasta no Twitter na sexta-feira, 11.
Zakharova rebateu a afirmação ucraniana nesta quinta, acusando Kiev de realizar ataques contra as próprias instalações para criar uma “histeria anti-russa”. “As unidades [de Chernobyl que ainda são] controladas por Kiev continuam a fazer provocações para causar acidentes no local. Os ataques às suas próprias instalações nucleares tornaram-se a marca registrada do regime ucraniano. Kiev é totalmente culpada por isso, juntamente com os patrocinadores dos EUA, [do presidente Volodymyr] Zelensky e os vassalos da OTAN”, atacou ela. Anteriormente, em 9 de março, o vice-ministro da Defesa russo, general Nikolay Pankov, falou que as forças ucranianas atacaram a rede elétrica da instalação central da usina de Chernobyl.