Um estudo apresentado por pesquisadores norte-americanos no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas mostrou que pacientes que receberam a vacina anual da gripe antes de contrair o novo coronavírus tiveram algum nível de proteção contra “efeitos severos” da Covid-19. A pesquisa, feita pela Universidade de Medicina da Miller School, em Miami, analisou dois grupos de 37,3 mil pessoas consideradas como “de risco” por serem mais velhas, apresentarem obesidade, diabetes, serem fumantes ou terem outros problemas de saúde. Um dos grupos recebeu a vacina da gripe entre duas semanas e seis meses antes de contrair a Covid-19 e o outro não recebeu nenhum imunizante. Analisando os dois grupos, os médicos compararam a taxa de incidência de 15 sintomas graves da doença. Entre eles estavam embolia pulmonar, insuficiência respiratória aguda, dores nas juntas, falha renal e pneumonia.
Além dos sintomas, os pesquisadores também analisaram as taxas de entrada em UTIs, hospitalizações e mortes em um período de até 120 dias após o teste positivo dos pacientes. No grupo daqueles que receberam a vacina da gripe, as possibilidades de hospitalização diminuíram em 58%, de ida à UTI caíram 20% e de desenvolver um derrame foram reduzidas em 58%. O risco de morte, segundo os pesquisadores, não foi reduzido. Agora, o grupo de especialistas tentam entender por que o imunizante contra a gripe sinaliza efeitos contra a Covid-19. Para os especialistas, essa pode ser uma “saída” para aqueles que resistem aos imunizantes contra o novo coronavírus. “A vacinação contra a influenza pode até mesmo beneficiar aqueles indivíduos que estão hesitantes em receber a vacina contra a Covid-19 por ser uma nova tecnologia. Apesar disso, ela nunca vai poder substituir o imunizante contra a Covid-19”, afirmou a pesquisadora assistente Susan Taghioff em comunicado divulgado à imprensa.
Fonte: Jovem Pan