Vaticano afasta polêmicas antiaborto e defende uso da vacina contra Covid-19

Em comunicado aprovado pelo Papa Francisco, o Vaticano assegurou que o uso das vacinas contra Covid-19 é "moralmente aceitável"

O Vaticano afirmou que considera “moralmente aceitável” o uso de vacinas contra a Covid-19. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 21, depois que alguns ativistas contra o aborto criticaram os imunizantes por eles terem sido feitos “a partir de fetos abortados”. A informação não é exatamente precisa. Na verdade, os cientistas cultivam ao longo de anos uma linhagem de células que são derivadas do tecido do rim de um embrião abortado em 1972 e da retina de outro feto abortado em 1985. Essas linhagens de células – e não as células dos embriões diretamente – foram usadas durante o desenvolvimento de muitas outras vacinas, cujo uso a Igreja Católica não considera “uma legitimação, mesmo indireta, da prática do aborto”. Além disso, nem todos os imunizantes que protegem contra o novo coronavírus utilizam linhagens de células derivadas dos embriões: a que foi desenvolvida pela Pfizer em parceria com a BioNTech, por exemplo, não fez uso desse recurso.

Em nota publicada no Vatican News, a sede da Igreja Católica afirmou que, no caso da atual pandemia,  “podem ser usadas todas as vacinas reconhecidas como clinicamente seguras e eficazes com a consciência certa de que o uso de tais vacinas não significa cooperação formal com o aborto do qual derivam as células com as quais as vacinas foram produzidas”. Além disso, a entidade reiterou que é “moralmente aceitável o uso de vacinas anti-Covid-19 que tenham usado linhas celulares de fetos abortados no seu processo de pesquisa e produção”. Ainda assim, o Vaticano pediu que a indústria farmacêutica desenvolva vacinas totalmente éticas.


Fonte: Jovem Pan

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