Na manhã desta segunda-feira, 25, o cume do vulcão Cumbre Vieja, na ilha espanhola de La Palma, desabou parcialmente, abrindo ainda mais a cratera e levando ao seu momento de maior atividade, iniciada há mais de um mês, em 19 de setembro. Segundo autoridades, os novos fluxos de larva já formaram um rio de magma por um perímetro de três quilômetros. O problema teria começado a se intensificar no final de semana, quando duas fendas começaram a se abrir no cume, antes dele desabar nesta segunda. De acordo com o Instituto Vulcanológico das Canárias (Involcan), o Cumbre Vieja já emitiu 50 mil toneladas de dióxido de enxofre e passou a derramar mais larva após uma espécie de ‘nova boca’ se abrir nos últimos dois dias. O porta-voz do Involcan, David Calvo, disse que os fluxos de magma seguem em direção ao sul da ilha e devem passar por áreas que ainda não tinham alcançado anteriormente, como o município de Los Llanos de Aridane. 84 terremotos decorrentes da atividade do vulcão, foram registrados em La Palma até as 3h da madrugada (pelo horário de brasília), de acordo com o Instituto Geográfico Nacional da Espanha. Os três mais intensos superaram a magnitude de 3,5 graus na escala Richter.
Segundo a Associated Press, as novas erupções desta segunda-feira também lançaram uma nuvem de cinzas vulcânicas e as autoridades locais já se preparam para retirar mais pessoas de suas casas. Apesar da larva já ter destruído total ou parcialmente mais de dois mil edifícios, principalmente casas, e coberto mais de 900 hectares de terras agrícolas, evacuações imediatas realizadas pelo poder público evitaram vítimas da erupção até este momento. “Estamos em uma nova fase, muito mais intensa”, descreveu o pesquisador do Involcan, Pedro Hernández, em entrevista à emissora pública RTVE. O instituto ainda caracterizou a nova situação como “uma fonte gigante de larva”.
Fonte: Jovem Pan