Nesta sexta-feira, 3, o programa Pânico recebeu a deputada federal Carla Zambelli (PSL–SP). Em entrevista, justificando as manifestações do dia 7 de setembro, convocadas pela base de apoio do presidente Jair Bolsonaro, ela afirmou que as pessoas estão sendo privadas de questionar. “A gente está vivendo um momento difícil no mundo todo, mas o que mais incomoda no momento de uma pandemia de proporções catastróficas em que houve o maior impacto econômico de décadas, é que as pessoas estão menos preocupadas com a pandemia do que com a falta de liberdade que elas têm de falar mal muitas vezes até da pandemia, de questionar as coisas, não se pode mais questionar. Estou há 10 anos fazendo essa manifestação do dia 7, nunca tive papas na língua, fiz vários bonecos de ministros do STF, coloquei o Lewandowski com um rato, o Marco Aurélio quebrando a constituição. Coragem eu tenho, mas vale o custo benefício? Vale o custo perder minhas redes sociais ou ser presa?”
Zambelli ainda disse que a ideia de convocar atos pela liberdade veio após a prisão do ex-deputado federal Roberto Jefferson, em agosto deste ano. A gente só quer liberdade que o artigo quinto garante, liberdade de ir e vir. Essa manifestação nasceu um dia depois do Roberto Jefferson ir preso e de outras pessoas terem perdido a monetização do Youtube, como a Bárbara, que é uma mãe de família. Foram mais de dez pessoas tiradas da possibilidade de poderem fazer seus vídeos e monetizar. Hoje foi a Bárbara, o Daniel Silveira, amanhã vai ser quem? Ninguém da esquerda foi impedido, não queimou estátuas, não queimou pneus no Palácio do Planalto. Imagina se fosse do outro lado da Praça? Imagina se tivesse sido eu? O Otoni de Paula, deputado federal, teve suas redes censuradas. O STF mandou sem poder se defender, sem ter acesso sobre o que estava sendo acusado. (…) O povo que vai para a rua dia 7 de setembro é o povo que tá com o presidente. É pela liberdade em apoio ao presidente.”
Fonte: Jovem Pan