Apenas 32,4% dos municípios brasileiros mapeiam áreas de risco, aponta levantamento

Operação de resgate de vítimas das chuvas em Franco da Rocha, em São Paulo, após tragédias recentes

De acordo com dados da Secretaria Nacional de Saneamento, ligada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, apenas 32,4% dos municípios do Brasil mapeiam áreas de risco. O departamento faz um diagnóstico da situação de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. O estudo foi apresentado em dezembro do ano passado com números referentes a 2020. Das 5.570 cidades brasileiras, 4.107 prefeituras apresentaram números e 1332, ou seja, apenas 32,4% de todos os municípios do país mapeiam áreas de risco.

O estudo aponta ainda que o monitoramento de dados hidrológicos é utilizado por 1.184 municípios, o que representa 28,8%. Sistemas de alerta de riscos hidrológicos, que permitem antecipar a ocorrência de eventos, são adotados por 620 cidades, ou seja, 15%. O mapeamento aponta ainda que, em 2020, mais de 218 mil pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas em áreas urbanas, decorrente de situações como inundação, enxurradas ou alagamentos. O índice de óbitos associados a esses eventos é de 0,26 a cada 100 mil habitantes. No recorte por regiões, a macro região sul tem quase 1 morte a cada 100 mil habitantes.

Em acontecimentos com uma recente tragédia de Petrópolis, no Rio de Janeiro, boa parte da população reclama da falta de ação dos governos. O levantamento também traduz em números esse fator. Em 2020 foram identificados investimentos contratados de R$ 4,6 bilhões por 1.846 municípios e outros R$ 3,5 bilhões para projetos em andamento em 1.923 cidades. Os valores aplicados à população urbana corresponde a uma média de R$ 38 investidos por habitante por ano.

*Com informações da repórter Carolina Abelin


Fonte: Jovem Pan

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