Apesar de melhora, secretário de São Paulo diz que sistema de saúde ainda está pressionado

Edson Aparecido também ressaltou o aumento das infecções por novas cepas do coronavírus, como a P.1, de Manaus, considerada mais transmissíveis

Mesmo com queda nas taxas de ocupação das unidades de terapia intensiva (UTIs) na cidade de São Paulo, o sistema de saúde continua pressionado. A avaliação é do secretário de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido. “As pessoas acham, ou pelo menos uma parte da população, que a pandemia já passou, sobretudo jovem que vai para festa, balada, se contamina, vai para casa e contamina a família inteira. É muito importante que as pessoas saibam que a pandemia ainda não passou, o sistema de saúde continua com pressão muito alta, não é possível vacilar”, alertou durante entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta terça-feira, 27. Segundo ele, os “jovens adultos”, principal público das festas clandestinas e das aglomerações registradas na cidade, são parte do novo perfil de pacientes com a doença. “Temos, hoje, um grau de internação do jovem adulto de 20 a 55 anos muito maior primeira onda. Isso tem se agravado, são pessoas que resistem a procurar sistema de saúde e quando procuram são com sintomas graves.”

Além do maior registro de casos da Covid-19 entre pessoas mais novas, Edson Aparecido também ressaltou o aumento das infecções por novas cepas do coronavírus, como a P.1, de Manaus, considerada mais transmissíveis. De acordo com o secretário, levantamento feito no município há dois meses apontou que das quase seis mil pessoas participantes, 64,4% estavam contaminadas pela cepa identificada no Amazonas e outras 7,8% pela variação do Reino Unido. “Então são 73% das pessoas já com as duas variantes, que têm uma viramia maior que da primeira onda, as pessoas ficam um período maior internadas. E também apontou a mudança no perfil do paciente.”

Sobre as taxas de ocupação dos leitos em São Paulo, o secretário apontou que 82% das UTIs estão ocupadas, assim como 63% das enfermarias. A adesão da população ao isolamento social, período de feriado prolongado e a ampliação da capacidade hospitalar foram enumerados como os principais motivos que levaram a diminuição dos índices na capital paulista. Ao mesmo tempo, Edson Aparecido descartou escassez de oxigênio e “kit-intubação” do município, destacando o aumento do fornecimento dos insumos e a instalação de 19 mini usinas de oxigênio em diferentes centros de atendimento hospitalar.


Fonte: Jovem Pan

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