As últimas notícias envolvendo a pré-candidatura de Ciro Gomes (PDT) animaram o entorno do ex-ministro da Fazenda e da Integração Nacional. Aliados do ex-governador do Ceará comemoraram a repercussão do lançamento oficial de sua postulação e o resultado da pesquisa XP/Ipespe, divulgada na quinta-feira, 27, que coloca o pedetista empatado com o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) em terceiro lugar, com 8% das intenções de voto. Enquanto a cúpula do PDT trabalhará para viabilizar alianças nos Estados, o presidenciável da sigla manterá a rotina de ataques ao ex-juiz da Operação Lava Jato. A ideia é se cacifar como o candidato capaz de romper a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera a corrida pela Presidência da República.
Em um discurso de mais de uma hora no último dia 21, dia do lançamento oficial de sua candidatura, Ciro Gomes subiu o tom contra Bolsonaro e Lula, mas destinou parte de sua fala a Sergio Moro, a quem chamou de “inimigo da República”. “Ele [Moro] não cansa de transformar farsa em heroísmo. Agora quer se fantasia de candidato sem ter nenhum preparo para lutar. Estou denunciando com especial preocupação como tentei denunciar lá atrás sobre o Bolsonaro. Estou tentando advertir que há um inimigo da República, e não um adversário político, tentando subtrair a liberdade do povo brasileiro”, disse. O ex-juiz e ex-ministro do governo Bolsonaro, inclusive, tem sido o alvo preferencial do pedetista. Nesta terça-feira, 1º, em entrevista à Rádio Máxima FM, de Minas Gerais, Ciro chamou Moro de “a variante da Covid-19 de Bolsonaro”. “Inventaram esse negócio de terceira via. Como assim terceira via? Essa gente que está se apresentando como terceira via é tudo viúva do Bolsonaro. Eles fazem de conta que nós somos tudo um bando de imbecis, um bando de idiotas sem memória. O Doria fez o ‘BolsoDoria’ e o Moro é a variante da Covid do Bolsonaro, é a ômicron do Bolsonaro”, afirmou.
Fonte: Jovem Pan