A Austrália confirmou neste domingo, 28, o seus dois primeiros casos da nova variante Ômicron do coronavírus, considerada de risco pela Organização Mundial da Saúde (OMS), após sequenciar o vírus de passageiros de voos provenientes de países do sul da África que testaram positivo para o coronavírus. O governo do estado de Nova Gales do Sul indicou que os dois viajantes vacinados totalmente e assintomáticos chegaram em um voo de Doha, capital do Catar, onde haviam feito escala após saírem de um país do sul do continente africano. Eles foram enviados a um centro de quarentena, bem como outros 12 passageiros que chegaram do mesmo destino. Outros 260 passageiros da mesma tripulação, considerados como pessoas que tiveram contato de risco, também deverão ficar isolados.
A Austrália já proibe desde o último sábado, 27, a entrada em seu território de viajantes não australianos ou residentes que tenham visitado nove países africanos onde se suspeita que a Ômicron esteja circulando nos últimos 14 dias: África do Sul, Namíbia, Zimbábue, Botsuana, Lesoto, Suazilândia, Malawi, Moçambique ou das ilhas Seychelles. Pessoas que passem por esses lugares e tenham entrada permitida no país devem cumprir quarentena obrigatória de 14 dias em um centro designado pelas autoridades locais.
A Austrália havia relaxado suas restrições de fronteiras neste mês, permitindo que residentes vacinados voltassem ao país sem necessidade de fazer quarentena. O país da Oceania acumula mais de 205 mil casos de Covid-19 desde o início da pandemia e teve 1.985 mortos pela infecção até o momento. O grupo de especialistas da OMS reunido na última sexta-feira, 26, para analisar o impacto da nova variante do coronavírus apontou que a Ômicron se trata de uma cepa de risco, possivelmente mais contagiosa. A Organização reconhece que algumas das novas mutações da variante parecem sugerir uma maior capacidade de transmissão que variantes anteriores.
Fonte: Jovem Pan