Bolsonaro assina projeto de lei que permite compra de vacinas pelo setor privado

Presidente assinou PL nesta quarta

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quarta-feira, 10, um Projeto de Lei que permite a compra de vacinas contra a Covid-19 por parte dos estados, municípios e setor privado caso a União não adquira doses suficientes para grupos prioritários previstos no Plano Nacional de Imunização. “O Brasil está fazendo a sua parte. O governo federal tem mostrado o seu trabalho. Já foram entregues vacinas para 100% dos idosos acima de 85 anos de idade, entre eles, a minha mãe, com 93 anos de idade. Até o final do ano teremos mais de 400 milhões de doses disponíveis aos brasileiros”, garantiu Bolsonaro. Em discurso, ele lembrou da importância do Auxílio Emergencial e dos acordos com fabricantes de vacinas como a AstraZeneca. Ele também falou mais uma vez sobre o coquetel de remédios ofertado como “tratamento imediato” para a doença – nenhum deles com eficácia comprovada – e pediu que o povo brasileiro confiasse no Ministério da Saúde e a Anvisa.

“É importante que não possamos nunca deixar de compreender a necessidade da produção nacional. Sem a produção da Fiocruz e Butantan nós hoje praticamente não teríamos vacinado ninguém”, afirmou o ministro de Saúde Eduardo Pazuello, garantindo que o país tem “incertezas” em relação ao recebimento de doses internacionais, deixando elas de lado na hora de informar ao público brasileiro sobre os imunizantes a serem aplicados. Dentro do Ministério da Saúde, apurou a Jovem Pan, auxiliares do ministro Eduardo Pazuello defendiam que os contratos com as farmacêuticas fossem assinados após a sanção do projeto de lei que, entre outros pontos, permite que União, Estados e municípios adquiram vacinas e assumam os riscos referentes à responsabilidade civil em relação a eventuais eventos adversos decorrentes da vacinação – integrantes do governo defendiam que era necessário haver a regulamentação do tema. Por isso, cresce a expectativa para que os compromissos com a Pfizer e a Janssen, por exemplo, sejam assinados nos próximos dias.


Fonte: Jovem Pan

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