O presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu a Reforma Trabalhista feita no governo de Michel Temer (MDB). Em entrevista a uma rádio do Espírito Santo, ele afirmou que a reforma não retirou direito dos trabalhadores. “O governo Temer fez uma pequena reforma trabalhista. Não tirou direito de nenhum trabalhador, mente quem fala que a reforma do Temer retirou direitos do trabalhador. Deu impulso no governo Temer essa reforma, tanto é que tivemos um saldo positivo do governo Temer”, afirmou. No mesmo dia, o presidente também defendeu o porte de arma estendido e afirmou que sua gestão neutralizou as ações do Movimento Sem Terra (MST) no país.
A possível alteração ou anulação da Reforma Trabalhista ganhou espaço no discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é pré-candidato na disputa ao Palácio do Planalto. Aliados dele defendem que, em caso de vitória eleitoral, o petista deve rever pontos da legislação, aprovada em 2017. O partido dos trabalhadores usa como inspiração o caso da Espanha, que revisou uma reforma feita em 2012 e, que segundo o governo espanhol, teria impulsionado a precarização das condições de trabalho no país.
Ontem, Bolsonaro participou de um evento no Palácio do Planalto para o anúncio do circuito de negócios do agronegócio. Em seu discurso, ele ressaltou o aval à posse de armas em toda a extensão das propriedades rurais, o que, segundo ele, aumentou a segurança no campo. “A arma é um sinônimo de liberdade. Um homem armado jamais será escravizado. Nós estendemos a posse da arma de fogo, que passou a ser porte estendido, com apoio do Congresso Nacional. E o homem do campo passou a poder usar a sua arma, não apenas para defender sua propriedade física, onde ele habitava, mas em toda a sua propriedade. Isso levou mais tranquilidade para vocês”, disse.
Bolsonaro também afirmou que o governo conseguiu acabar com as ações promovidas pelo Movimento Sem Terra (MST) no país. “Todos devem se lembrar que tínhamos algumas dificuldades no passado, por exemplo a atuação do MST. Nós praticamente anulamos as ações do MST tirando dinheiro público que ia para ONGs que financiavam o MST”, alegou. Bolsonaro falou durante de uma iniciativa do Banco do Brasil que prevê investimentos de R$ 1,5 bilhão em fomento aos pequenos produtores rurais.
*Com informações da repórter Iasmin Costa