‘Terceira via nasceu pulverizada e está fadada ao fracasso’, diz Carla Zambelli

Em entrevista à Jovem Pan, Carla Zambelli também falou sobre o ex-juiz Sergio Moro, aliança entre Lula e Alckmin e orçamento secreto

Ferrenha defensora do governo Bolsonaro no Legislativo, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) acredita que a disputa pela Presidência da República ficará polarizada entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas coloca em xeque o resultado das pesquisas eleitorais divulgadas pelo Datafolha e pelo Ipec no início do mês de dezembro. Os dois institutos apontam que, se a eleição fosse hoje, o petista venceria em primeiro turno. Para a parlamentar, a terceira via nasceu “pulverizada” e está “fadada ao fracasso”. À Jovem Pan, Zambelli também afirmou que o orçamento secreto é uma “narrativa” e atribuiu a rejeição ao nome do ex-juiz da Operação Lava Jato e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro ao fato de o ex-magistrado ter deixado o governo federal “pela porta dos fundos”. Confira abaixo os principais trechos da entrevista: 

O ano de 2021 foi marcado por uma série de episódios machistas no Congresso: na CPI, uma senadora foi chamada de descontrolada. Numa comissão da Câmara, um deputado disse para uma deputada ficar ‘quietinha e pianinha’. Como uma mulher parlamentar como a senhora enxerga isso? Eu também fui muito atacada e desrespeitada, mas não encaro esses episódios como um desrespeito por ser mulher. No meu caso, desrespeito acontece por ser conservadora. O Congresso é mais masculino, mas não machista. É desrespeitoso, mas não só como mulher. Não encaro como ambiente machista. Fui desrespeitada diversas vezes, mas em muitas vezes por mulheres. O maior ataque que recebi foi da Joice [Hasselmann, deputada que irá se filiar ao PSDB], que é mulher. Para ser respeitada, tenho que respeitar. Não gero ação grosseira, mas se uma pessoa for grossa comigo, tenho o direito de ser triplamente grosseira na resposta. Quando uma parlamentar começa a querer utilizar como argumento o fato de ser uma autoridade feminina ou feminista, ela tem que estar preparada para ser tratada como política. Quero respeito por ser uma pessoa.


Fonte: Jovem Pan

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