Os presidentes de pelo menos 11 partidos que já se manifestaram contra a proposta do voto impresso apontam que o parecer deve ser rejeitado antes mesmo de chegar ao plenário, ainda na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que discute assunto na Câmara dos Deputados. O presidente do Solidariedade, o Paulinho da Força, arrisca um placar. Segundo ele, a proposta será rejeitada por 22 votos contra 12. Ele assegura que a urna eletrônica é confiável e lembra que políticos de vários partidos de centro, esquerda e direita já foram eleitos por esse tipo de voto. Para Paulinho da Força, isso não aconteceria se houvesse fraude. Ele ressalta, no entanto, que para garantir mais segurança essa questão deveria ser discutida diretamente com o Tribunal Superior Eleitoral.
O sindicalista sugere, por exemplo, aumentar a fiscalização dos partidos no momento da lacração das urnas. O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, não se dá por vencido e promete, nesta semana, apresentar dados que comprovariam supostas fraudes nas eleições de 2014 e 2018. “É muito comum quem está no poder arranjar uma maneira de se perpetuar no poder. Eu estou fazendo o contrário. Eu quero eleições limpas, transparentes. Se, por ventura, eu disputar as eleições, pode a esquerda falar que eu me fraudo. E vamos ter problemas. A gente quer evitar isso ai”, afirmou. O presidente, no entanto, já admitiu na semana passada que a proposta não deverá passar mesmo no Congresso Nacional. Mas, ele insiste no discurso e mantém as criticas ao presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, e ao Supremo Tribunal Federal — que, segundo Bolsonaro, trabalha para garantir o retorno do ex-presidente Lula ao poder.
*Com informações da repórter Luciana Verdolin
Fonte: Jovem Pan