Mais de 250 mil postos de trabalho foram abertos no mês de outubro no Brasil, com as micro e pequenas empresas sendo responsáveis por quase 80% desse montante. Os dados, do Sebrae, mostram o registro de mais de 1,1 milhão de novas empresas no país no terceiro trimestre de 2021, números que superaram as quantidades de 2020. Além do setor de serviços, o varejo também está em alta. A Federação do Comércio de São Paulo estima cerca de 40 mil novos postos de trabalho em dezembro, fechando o trimestre acima das expectativas. O analista da Fundação Getúlio Vargas, Renan Pieri, detalha os dois setores, que têm mostrado bons números diante de uma economia de juros altos. “Em um momento de, quem sabe ainda uma recuperação econômica, o setor de serviços é o primeiro a ser alavancado porque os custos de contratação são menores. Se eu for levar uma fábrica vou precisar fazer investimentos altos, vou trabalhar anos construindo uma planta nova até conseguir efetuar as contratações. No setor de serviços e comércio isso é muito mais rápido. Esses empregos, muitos deles, inclusive, informais, pagam menos do que outros setores, mas em compensação tem muita gente recebendo os salários, o que movimenta a economia. É mais gente consumindo, viajando, isso acaba tendo um impacto bastante relevante”, apontou.
Cláudio Felipe é vocalista de uma banda de pagode e passou pela pior fase da carreira, já que o setor de entretenimento parou de vez por causa da pandemia. Profissionalizar o grupo foi o caminho para a retomada gradual de trabalho e novas perspectivas de emprego. “Cada um tinha o seu ‘plano B’, que a gente conseguiu seguir dessa forma, nesse processo um pouco mais informal. Com esse plano B ajudou a gente a manter esse tempo parado para que a gente pudesse retomar com o ‘plano A’, que agora nessa retomada dos shows e eventos gera o nosso maior lucro”, calculou. Em outubro, quatro setores da economia registraram saldo positivo na geração de empregos formais. São eles: serviços (144,6 mil); indústria geral (26,6 mil); construção (17,2 mil) e comércio (70,3 mil vagas). Ainda que o Brasil siga criando vagas de emprego com carteira assinada, a informalidade continua alta.
*Com informações do repórter Maicon Mendes
Fonte: Jovem Pan