O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), Renato Kfouri, avaliou, em entrevista ao Jornal da Manhã, que a situação da pandemia do coronavírus no Brasil deve ser melhor em 2022 em virtude da quantidade de vacinas que estarão disponíveis ao final deste ano. Com as doses que estão chegando, Kfouri acredita que será possível dar uma dose de reforço contra a Covid-19 em toda a população brasileira. “Em termos de números de doses, o Brasil terá vacinas suficientes para praticamente dar três doses em toda a população brasileira até o final desse ano. Chegaram mais 140 milhões de doses da Pfizer, mais doses da Janssen pela Covax Facility, então vacinas não nos faltarão”, disse o diretor da SBIm. “A terceira dose tem se mostrando extremamente importante para esses os mais vulneráveis que respondem mal a um esquema de duas doses. Esse reforço agora para quem tem mais de 70 anos e uma terceira dose para aqueles que tem comprometimento do sistema imunológico é fundamental”, afirmou.
O especialista também lembrou que a diminuição do intervalo entre as doses das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca vai possibilitar uma maior taxa de pessoas com esquema vacinal completo em um menor tempo. A partir de setembro, o prazo entre as aplicações dos imunizantes passará de 12 para 8 semanas para toda a população. “Essa diminuição certamente ajuda. Intervalos maiores geralmente refletem em uma cobertura vacinal menor. Então como já estamos completando no país 100% da população acima de 18 anos com uma dose, o desafio agora é completar o esquema dos indivíduos que já iniciaram”, enfatizou o infectologista sobre a necessidade das pessoas voltarem para a segunda dose. Apesar disso, Kfouri destacou que o Brasil é um dos países com menor recusa vacinal e maior adesão da população à vacinação. “Teremos boa parte da população vacinada. Isso cria uma expectativa e um cenário muito bom em termos de proteção, especialmente das formas graves. Faz nos inspirar muito mais confiança em termos de enfrentamento da pandemia”, afirmou Kfouri. “Vacinação o quanto antes para terminarmos esse ciclo esperançosos de que 2022 será um ano bem melhor do que foi esse.”
Fonte: Jovem Pan