O infectologista e diretor clínico do Grupo Fleury, Celso Granato, acredita que a aprovação para uso emergencial da vacina da Oxford/AstraZeneca na Argentina e na Inglaterra podem influenciar o aval da Anvisa por aqui. Porém, ele alerta que a Agência não pode aceitar o processo quase automatizado pelo imunizante ter sido aprovado no país de origem — a regra só vale quando o registro é definitivo. “É do interesse de todos que essa vacina esteja disponível o quanto antes. Acredito que a gente vai ter autorização para uso emergencial e, logo em seguida, definitiva”, disse.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, na Jovem Pan, Granato também destacou que não dá para dizer que a Anvisa está atrasando o processo de aprovação porque ela não tem como dar algum posicionamento sem que seja feito uma solicitação por parte dos fabricantes. “É uma coisa muito particular de cada país, mas não da para dizer que tem atraso. Se não tem pedido, não tem o que liberar. Acho muito provável que exista algum interesse em atrasar esse processo”, afirmou. Mas ele destaca que os documentos poderiam, sim, estar mais avançados. “Não temos uma ampla divulgação de esquemas detalhados. O que temos até agora é a lista de prioridades, que não é diferente do resto do mundo. A gente espera que o governo esteja desencadeando outros processos, afinal o SUS tem um bom histórico e tradição de vacinas.”
Fonte: Jovem Pan