Nesta quarta-feira, 6, acompanhada de advogados a professora Monique Medeiros, mãe do pequeno Henry Borel, que foi espancado até a morte em março do ano passado, foi até a coordenadoria de monitoramento para colocar uma tornozeleira eletrônica. Ela havia saÃdo da prisão no dia anterior e agora cumpre prisão domiciliar. A decisão polêmica foi tomada pela juÃza Elizabeth Machado Louro, titular da investigação do caso Henry. A magistrada deu o prazo de cinco dias para Monique Medeiros colocar a tornozeleira, mas a professora decidiu cumprir a decisão horas depois de deixar prisão. Apesar disso, o promotor Fábio Vieira disse à Jovem Pan que, nos próximos dias, logo após ser oficialmente notificado da decisão vai entrar com recurso na justiça para tentar fazer com que Medeiros volte para a cadeia.
“Eu estarei interpondo recurso em sentido estrito, que significa dizer recorrendo com a finalidade de revogar a decisão da magistrada por entender, embora respeite muito a profissional e a pessoa da doutora Elizabeth, mas entendo que a decisão vai contra o que o processo mostra, e o processo mostra a necessidade da manutenção da prisão da Monique e também do Jairo”, disse o promotor. A soltura de Monique foi criticada também pela defensoria pública do Rio de Janeiro, pela defesa de Leniel Borel, pai do garoto, e pelo Ministério Público. A juÃza concedeu prisão domiciliar a Monique Medeiros por entender que, na cadeia, a professora corria risco de vida, já que vinha sofrendo ameaças.
O pai de Henry Borel engenheiro Leniel Borel, está indignado com a decisão da justiça. “É inacreditável essa decisão e até mesmo revoltante para mim e para todos nós, brasileiros. Monique é tão culpada quanto Jairo e merece pena igual ou maior do que ele. Respeitamos a decisão da juÃza, mas vamos recorrer. Nós, assistência de acusação, acompanhando o Ministério Público, de que isso é uma afronta para nós, como cidadãos, é uma deficiência do Estado soltar uma criminosa”, disse emocionado. A professora Monique Medeiros e o ex-vereador doutor Jairinho, protagonistas da morte de Henry Borel em março do ano passado são réus na justiça do Rio de Janeiro por homicÃdio triplamente qualificado com direito a tortura, por motivo torpe e sem direito de defesa da vÃtima de apenas quatro anos de idade.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga