O ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União André Mendonça tomou posse como ministro do Supremo Tribunal Federal nesta quinta, 16, em uma breve cerimônia na Casa. Em coletiva rápida do lado de fora do prédio do STF após a solenidade, Mendonça prometeu defender a liberdade de imprensa e disse que iria estudar os casos durante o recesso de fim de ano para poder tomar as primeiras decisões em janeiro. A solenidade contou com as presenças de outros oito ministros da corte (Gilmar Mendes e Cármen Lúcia não compareceram), do presidente da República, Jair Bolsonaro, do vice-presidente Hamilton Mourão, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e do procurador-geral da República, Augusto Aras, entre outras autoridades. Como de praxe, Mendonça leu os deveres e fez o juramento de defender a Constituição brasileira; não houve fila para apertos de mão com o novo ministro por conta dos cuidados tomados para evitar transmissão da Covid-19.
Mendonça foi apontado em 13 de julho para a vaga deixada por Marco Aurélio Melo, e demorou a ser sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado por causa da recusa do presidente do órgão, Davi Alcolumbre (DEM-AP), em marcar uma data. A sabatina finalmente ocorreu em 1º de dezembro. No mesmo dia, o nome de Mendonça foi aprovado pela CCJ por 18 votos a favor e nove contrários, e logo depois, pelo plenário da casa, com o placar de 47 votos a 32. A indicação do ex-advogado-geral da União é o cumprimento de uma promessa de Bolsonaro, que havia dito que apontaria um ministro “terrivelmente evangélico” para o STF – o novo ministro é pastor da Igreja Presbiteriana. Ele foi o segundo ministro apontado por Bolsonaro para o STF – antes dele, o presidente indicou Kassio Nunes Marques.
Fonte: Jovem Pan