Áudios divulgados pelo site “UOL” nesta segunda-feira, 5, revelaram um possível envolvimento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em um esquema de “rachadinhas”, que teria acontecido na época em que atuava como deputado federal. Nas gravações, a ex-cunhada do presidente, Andrea Siqueira Valle, afirmou que seu irmão, André Siqueira Valle, foi destituído do cargo de assessor quando se recusou a entregar a maior parte de seu salário ao então deputado Bolsonaro — que trabalhou no Legislativo entre 1991 e 2019. A prática ilegal denominada de “rachadinha” ocorre quando parlamentares recolhem e embolsam parte do pagamento de seus assessores ou secretários. Diante da nova suspeita que ronda o governo federal, o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, analisou a acusação em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan.
“Se tiver coisa errada, não conte comigo para defender. Se pegarem, realmente, um áudio do presidente Bolsonaro falando sobre ‘rachadinhas’, não conte comigo para defender. Se constatarem que bens foram adquiridos a partir de verba ilegal, não conte comigo para defender”, disse o ex-titular da Educação. Enquanto reiterava que não “passará a mão na cabeça” do governo federal caso a ilegalidade seja comprovada, Weintraub deu risadas e zombou o fato das denúncias terem partido da ex-cunhada do presidente. “Agora desculpa, áudios de ex-cunhada… não precisa nem ser ex-cunhada para falar mal de Bolsonaro. Para com isso, desde quando se leva a sério o que diz uma ex-sogra ou ex-cunhada? Considerando que trata-se de gravações da ex-cunhada, até que saiu barato para o presidente. Uso aqui o exemplo da peça teatral ‘Medeia’, que compõe a dramaturgia grega e termina com uma frase fantástica: ‘Os Deuses desconhecem ira maior do que a de uma mulher largada’. Será que ainda podemos aplicar esta frase de 2.500 anos na atualidade?”, concluiu.
Confira na íntegra a entrevista com o ex-ministro da Educação:
Fonte: Jovem Pan