Diante do relato emocionado do advogado Tadeu Frederico Andrade, cliente da Prevent Senior, e da decisão da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) de não votar o parecer do órgão que atesta a ineficácia de medicamentos do chamado “kit-Covid”, o senador Otto Alencar (PSD-BA), que é médico, ironizou a postura do colegiado. “A Conitec mudou de nome. Virou conivente”, disse. Além de Andrade, a CPI da Covid-19 ouve, nesta quinta-feira, 7, o médico Walter Correa de Souza Neto, ex-médico da operadora de saúde.
“Azitromicina e hidroxicloroquina não mostraram benefício clínico e, portanto, não devem ser utilizados no tratamento ambulatorial de pacientes com suspeita ou diagnóstico de Covid-19”, diz um trecho do relatório da Conitec. Previsto para ser votado na reunião desta quinta, o item foi retirado de pauta. De acordo com os membros da CPI, houve interferência política do presidente Jair Bolsonaro. “O senhor presidente da República se reuniu anteontem com Pazuello, com o general Ramos e mandou a ordem para o Marcelo Queiroga. ‘Tira da pauta, não vota’. É uma intervenção. Eu não tenho conhecimento de uma intervenção tão abusrda em uma decisão técnica do âmbito do SUS e do Ministério da Saúde quanto esta”, protestou o senador Randolfe Rodrigues Rodrigues (Rede-AP). Como a Jovem Pan mostrou, a decisão da Conitec foi o estopim para a CPI decidir convocar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a depor pela terceira vez.
Fonte: Jovem Pan