PGR diz não ser possível comprovar eficácia de máscara e destacar crime de Bolsonaro

Bolsonaro já cobrou do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um protocolo para acabar com a obrigatoriedade da utilização de máscaras no Brasil

Em parecer encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou que, como não é possível garantir a eficácia da utilização de máscaras contra a Covid-19, também não é possível afirmar que quem não adota o item de proteção, como o presidente Jair Bolsonaro, estaria praticando uma ação criminosa. Duas notícias crime foram protocoladas no Supremo questionando o presidente por não usar máscara em eventos com motociclistas no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Norte. A oposição acusa Bolsonaro de crime de infração de medida sanitária preventiva e de emprego irregular de verbas públicas, além de colocar em risco a vida ou saúde de outras pessoas.

Em um dos eventos, o mandatário aparece retirando a máscara de uma criança para tirar foto. Para a oposição, o ato pode se caracterizar como submissão de menor à constrangimento. A PGR, no entanto, afirma que não ficou demonstrada nenhuma ilegalidade. Bolsonaro já cobrou do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um protocolo para acabar com a obrigatoriedade da utilização de máscaras no Brasil. O chefe do Ministério da Saúde, que defende a necessidade da proteção, tem desconversado. Recentemente, Queiroga explicou que chegará um momento, quando a pandemia estiver controlada, que os itens não serão mais necessários. Ele só não sinalizou quando isso deve acontecer e como será o processo para flexibilização da utilização da proteção.


Fonte: Jovem Pan

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