Cresce 485% a procura por profissionais da área de dados no Brasil

Dados do Ministério da Economia mostram alta na criação de empregos com carteira assinada em todas as regiões do país

O mercado de dados está aquecido e mostra números impressionantes. Pesquisa divulgada pela Intera revela um crescimento de 485% na abertura de vagas para cargos na área de inteligência de dados. O CTO da empresa de empresa de recrutamento digital, Juliano Tebinka, explica a relação entre a expansão e a pandemia. “Com a digitalização deu uma acelerada em empresas que pensavam em digitar e com a pandemia foram forçadas porque o físico estava impossibilitado. Então com toda digitalização e a própria evolução da tecnologia as empresas começaram a acumular muitos dados”, afirma. O levantamento contou com a participação de 34 empresas de tecnologia que revelaram a necessidade de profissionais qualificados. “São três perfis basicamente na área de dados: engenharia de dados, que é o pessoal que cuida mais da movimentação dos dados, democratização desses dados; analista de dados que traz informações relevantes daquilo que passou e também cientistas de dados. As empresas estão aprendendo que dá para prever algumas coisas, montar modelos mais sofisticados para ter performance melhor nos negócios.”

Além do número de vagas no mercado de trabalho, os salários também chamam atenção, com valores de até R$ 22 mil. “A gente até imaginava que ia ter uma inflação mais acelerada na questão dos salários. Eles melhoraram, já eram bons, mas estão melhores ainda, mas a gente percebe que as pessoas mudam de emprego mais pelo desafio e pelo impacto positivo que pretendem causar na sociedade do que propriamente pelo salário. Mas é claro que em um mercado competitivo o salário acaba inflacionando”, explica Juliano Tebinka. Marcelo Calasans, gerente de produtos da Intera, afirma que a digitalização do trabalho abriu diversas oportunidades e aumentou a possibilidade de contratar profissionais de qualquer parte do país. No entanto, segundo ele, muitas pessoas ainda não tem interesse em se qualificar nesse ramo tecnológico.

“Atualmente, talvez olhando uma lógica o custo que a gente deveria ter maior número de pessoas cursando na faculdade seria desenvolvimento de software, que são os programadores, mas não é o que acontece. Vemos outras profissões, que estão inchadas no mercado como engenharia, direito, com muito mais procura do que cursos na área de tecnologia”, pontua. Segundo o Fórum Econômico Mundial, cientistas, engenheiros de dados, desenvolvedores de big data, entre outras áreas podem criar até, 1,7 milhões de novas oportunidades ainda este ano. A projeção é que até 2022 sejam mais de 6 milhões de empregos gerados.


Fonte: Jovem Pan

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