Dallagnol rebate Lula após críticas à Lava Jato e afirma que petista tem postura ‘desesperada’

Ex-procurador e ex-chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, Deltan Dallagnol

Após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltar a atacar a operação Lava Jato, chamando o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) e o ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos) de ‘canalhas’, bem como a atuação de ‘quadrilha’, tanto Dallagnol quanto Moro rebateram as críticas. O ex-procurador, hoje pré-candidato a uma vaga no Senado Federal, concedeu uma entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, para comentar o assunto. “A postura do ex-presidente é uma postura desesperada, de quem teve contra si uma série de provas de corrupção profunda e multimilionária e que quer desviar a atenção. Ele quer colocar a atenção no ex-juiz Moro e em mim, como se fôssemos duas pessoas contra ele, quando na verdade foram 15 a 20 procuradores, só em Curitiba que atuaram no caso contra ele. E todos se convenceram de que havia provas de corrupção”, alegou Dallganol. “Ele tenta, de movo desesperado, para criar uma narrativa e inverter valores, o rabo abanando o cachorro (…) E quando ele xinga a Lava Jato, ele ofende 80% dos brasileiros que querem a continuidade da operação”, pontuou.

Questionado sobre sua saída do Ministério Público Federal para supostamente fugir de punições do Conselho da entidade por uma atuação com falhas éticas, Dallagnol disse ver a suposição como ‘bobagem’. “Quando eu sai do Ministério Público, não havia sequer um processo disciplinar administrativo contra mim”, disse. “Numa ação como essa [a Lava Jato], em que você atinge interesses de pessoas poderosas, várias pessoas buscam retaliar, e a gente sofreu uma série de representações, dezenas, talvez uma centena de representações, reclamações de pessoas contra nós, em geral pessoas do PT, investigados. E é natural, porque incomodamos interesse de poderosos. Agora isso passa por um filtro do Ministério Público. E, contra mim, só foram instaurados dois processos disciplinares, na minha história, por ter exercido a liberdade de expressão, por ter criticado decisões do STF e ter criticado o senador Renan Calheiros”, pontuou Dallagnol.


Fonte: Jovem Pan

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