A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 15, uma emenda que voltou a incluir a quarentena para juÃzes, policiais e militares no novo Código Eleitoral. A proposta é que aqueles que quiserem se candidatar a um cargo polÃtico a partir de 2026 cumpram um afastamento obrigatório de quatro anos. O tema é alvo de debates e os crÃticos da proposta prometem recorrer à decisão no Supremo Tribunal Federal (STF). Na visão do deputado federal Vitor Hugo, a medida não tem suporte textual para ser incluÃda e há uma “grande possibilidade de judicialização”. “Tenho esperança de que haverá ações na Justiça para impedir, que o Senado não aprove a tempo de vigorar para as próximas, retire do texto ou que, caso aprovada, o presidente Jair Bolsonaro vai sim vetar. Quando retornar para Câmara e Senado vamos lutar para manter o veto, porque é injusto com profissões importantÃssimas para nós”, afirmou em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan. Para o deputado, “a farda não abafa no peito do cidadão a vocação polÃtica” e a presença de mais policiais, militares e magistrados no parlamento é positiva.
“Aqueles que votaram a favor da quarentena alegam coibir ações de juÃzes e promotores que adotam postura midiática de propósito. Pode acontecer, mas é um número muito pequeno. Essa justificativa não é suficiente para afastar esse público da vida polÃtica nacional”, afirmou Vitor Hugo. Ele aponta que a oposição busca na quarentena eleitoral uma forma de “diminuir a base do presidente”, já que, segundo o parlamentar, um número maior de policiais estariam presentes na próxima legislatura. Em outro momento, o deputado afirmou que parte dos apoiadores da proposta “tem problemas com a Justiça e querem mandar um tipo de recado”. Após a decisão na Câmara nesta quarta-feira, o texto do novo Código Eleitoral segue para o Senado, onde deve ser aprovado até outubro para que seja válido no pleito de 2022.
Fonte: Jovem Pan