Barroso diz que fala sobre eleição ‘tomada’ em Roraima era uma referência ‘ao tempo do voto de impresso’

Nota enviada pelo gabinete do ministro Luis Roberto Barroso ressalta que situação se passou no tempo do voto impresso

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso, se pronunciou mais uma vez nesta quarta-feira, 11, sobre vídeo em que aparece dizendo que “eleição não se vence, se toma”. O material, que foi gravado no dia 9 de junho, circula nas redes sociais desde terça-feira, 10, e foi mencionado pelo presidente Jair Bolsonaro na manhã desta quarta. Após a repercussão, o gabinete do ministro esclareceu que o vídeo estava distorcido e que Barroso apenas repetiu uma frase que lhe foi dita por um parlamentar. Segundo a nota, a fala fazia referência ao “tempo do voto impresso” em Roraima. A situação foi narrada a Barroso pelo senador Mecias de Jesus (Republicanos) em um encontro em 8 de junho de 2021. Além dos dois, o filho do parlamentar, o deputado Jhonatan de Jesus (Republicanos), também estava presente.

Na ocasião, Mecias teria narrado que ganhou as eleições em seu Estado por duas vezes, mas que “as eleições lhe foram tomadas”. O texto ressalta que a fraude aconteceu no tempo do voto impresso. “Daí a origem da frase ‘Eleição em Roraima não se ganha, se toma’. O senador esclareceu que assim se passava no tempo do voto impresso. E acrescentou que, com a implantação do voto eletrônico, não puderam fraudar a eleição e ele finalmente obteve a vaga”, diz nota. A história contada pelo senador teria sido repetida por Barroso no dia seguinte, 9 de junho, em conversa com parlamentares na Câmara dos Deputados. O gabinete do ministro defende que a fala foi retirada do contexto e que a palavra “Roraima” foi suprimida. “Na frase que dá título ao vídeo que circulou, suprimiram a palavra Roraima, que o ministro claramente pronunciou, e tiraram a fala do contexto, que era a situação da votação em Roraima ao tempo do voto de papel, antes da implantação das urnas eletrônicas”, denuncia o gabinete.


Fonte: Jovem Pan

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