O encarregado da embaixada da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, afirmou, em conversa com jornalistas que a voz do Brasil é muito importante no mundo, mas que não seria correto depositar no governo brasileiro alguma solução para o fim do conflito, nem esperar que ele seja influenciado por governos estrangeiros, afinal as decisões de estados soberanos devem seguir independentes. “Os ucranianos estão chegando ao Brasil. Nós estamos agradecidos a esse apoio brasileiro de acolher os ucraniano”, disse.
Tkach ainda disse que os corredores humanitários seguem sendo prioridade na região e que o país ainda precisa de apoio com doações. “Diante dessa situação humanitária complicada, a Ucrânia está precisando de ajuda humanitária. Para quem puder, nós temos todos os dados sobre como ajudar no Facebook da embaixada”, disse. Segundo o diplomata, pelo menos 1 mil soldados russos foram presos. O porta-voz também citou as quatro rodadas de negociações frustradas e o desrespeito ao cessar fogo.
Para o diplomata, a desmilitarização da Ucrânia seria absurda diante dos números de soldados da Rússia na região do Leste Europeu. Tkach ainda afirmou que o conflito se trata de uma guerra contra mulheres, crianças e idosos. Ele concluiu a coletiva agradecendo o apoio do Brasil na última assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que aprovou a segunda resolução condenando a invasão da Ucrânia e pedindo proteção de civis e o fim do cerco a cidades ucranianas. Em um mês de guerra, os números divulgados pela embaixada da Ucrânia no Brasil são impressionantes. Enquanto a ONU estima que 10 milhões de pessoas tenham se deslocado por conta do conflito, sendo que mais 3,6 milhões saíram do país, para o governo ucraniano já seriam 12 milhões. Além disso, o país afirma que o número oficial de vítimas é muito superior ao divulgado pelas Organização das Nações Unidas de 2500 civis.
*Com informações da repórter Katiuscia Sotomayor