Entenda por que a taxa de eficácia da CoronaVac para casos graves é a mais importante

CoronaVac é produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac

Instituto Butantan divulgou nesta terça-feira, 12, os dados completos sobre a eficácia da CoronaVac contra a Covid-19. Segundo revelado hoje e na última quinta-feira, 7, pelo governador João Doria, a vacina atingiu eficácia global de 50,38% para casos muito leves, 78% para leves e 100% para moderados ou graves. De acordo com o Butantan, os casos muito leves são aqueles que não precisam de ajuda, enquanto os leves necessitam assistência médica. Já moderados e graves precisam de hospitalização ou internação em UTI. O médico infectologista do Hospital Sírio Libanês, Max Igor, afirmou que a divulgação foi “um pouco desastrosa”, devido à divergência nos números. Em entrevista ao Jovem Pan Agora, ele explicou, porém, que a CoronaVac é, sim, eficaz, e que o mais importante é a proteção para os casos graves. “O que importa é que a gente não vai ter mais casos graves e internações hospitalares por Covid-19 e nisso a CoronaVac foi muito eficaz. Se o coronavírus não levasse as pessoas para o hospital com risco de morte, não teríamos preocupação com ele”, afirmou.

À Jovem Pan, o virologista Raphael Rangel também comemorou os resultados. “A CoronaVac teve 100% de eficácia em casos graves. Isso mostra que não haverá mais óbitos por Covid-19 em um país onde mais de 200 mil vidas já foram ceifadas. Isso nos deixa muito felizes e temos que levar esse resultado em consideração”, disse. O especialista observou, ainda, que “não adianta uma eficácia alta” se a população “não aderir ao plano de vacinação”. Isso porque quanto menor for a taxa de eficácia global de uma vacina, mais pessoas vão precisar ser vacinadas para atingir a chamada imunidade de rebanho. No caso de imunizantes com eficácia de 50%, 100% da população precisa ser vacinada. Já aqueles com eficácia de 75%, 67% da população; e 100%, 50%.


Fonte: Jovem Pan

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