Ministério Público atribui incêndio na Cinemateca a erro em troca de gestão

Incêndio atingiu a Cinemateca Brasileira na última quinta-feira, 29

O Ministério Público Federal (MPF) se posicionou sobre o incêndio na Cinemateca Brasileira e disse que os prejuízos ainda estão sendo avaliados. Segundo o MPF, serão priorizados o salvamento do material restante e a prevenção de nova tragédia, para só depois ser implantada uma nova entidade gestora para a Cinemateca e apurar as responsabilidades individuais.  O procurador Gustavo Torres Soares, que está à frente do caso da Cinemateca, disse que o grande erro está na transição da gestão entre 2019 e 2020. “O Ministério Público comunicou o poder Judiciário por ação civil pública, ajuizada em julho do ano passado, essa falta de gestão e o perigo que ela resultava. Ocorre que de lá para cá a Cinemateca continua sem uma entidade gestora e essa falta de gestão causou a tragédia e poderá causar tragédias semelhantes”, disse Torres Soares.

O galpão da Cinemateca pegou fogo na última quinta-feira, 19, e boa parte do maior acervo audiovisual da América Latina foi queimado. As causas do acidente ainda são investigadas,  mas a primeira hipótese é de o fogo começou com uma falha técnica durante um reparo no ar condicionado de uma das salas do galpão. O caso, que estava sendo apurado pela Polícia Civil, agora passa para as mãos da Polícia Federal. O pedido para a PF apurar o caso foi feito pela Secretaria Especial da Cultura, que é a responsável por administrar a Cinemateca. Marcelo Lima é engenheiro e presidente do Instituto Sprinkler Brasil, entidade que trata de prevenção de incêndios no país. Para ele, acidentes como esse não acontecem por acaso e podem ser evitados.


Fonte: Jovem Pan

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