Presidente da França entre 1974 e 1981, Valéry Giscard d’Estaing morreu nesta quarta-feira, 03, em decorrência da Covid-19, aos 94 anos, confirmou o Palácio do Eliseu, sede da chefia de Estado do país, após a informação ser sido divulgada pela família do político. Membro do Conselho Constitucional francês, Giscard havia sido hospitalizado recentemente em várias ocasiões, a última delas em meados de novembro, devido a um problema cardíaco. Segundo a imprensa local, o ex-presidente morreu em uma de suas residências no departamento de Loire-et-Cher, no centro do país, cercado por familiares. A Assembleia Nacional, que estava em sessão quando a notícia foi divulgada, interrompeu temporariamente o trabalho noturno para fazer um minuto de silêncio em homenagem a Giscard. Embora seu delicado estado de saúde tivesse afastado o ativo político da vida pública – uma de suas últimas aparições tinha sido em 30 de setembro de 2019, durante funeral do também ex-presidente Jacques Chirac (1995-2007) -, Giscard voltou a ganhar manchetes em maio, depois que uma jornalista alemã o acusou de abuso sexual durante uma entrevista concedida em 2018, denunciando-o por tocar suas nádegas várias vezes.
Polêmico e influente
Aos assumir o poder, Giscard se tornou o mais jovem chefe de Estado francês, aos 48 anos, depois de uma campanha moderna para a época, foi o primeiro presidente a não emergir do “gaullismo” após a Segunda Guerra Mundial. O ‘gaullismo’ é uma ideologia política que tem como eixo principal garantir a total independência da França ante qualquer interferência estrangeira e que se baseia nas ideias do general e estadista Charles de Gaulle, que liderou as Forças Francesas Livres durante a guerra, além de ter sido presidente e primeiro-ministro do país. Várias controvérsias marcaram seus sete anos de mandato, em particular supostos casos de corrupção relacionados a países da África.
Fonte: Jovem Pan