Durante o governo do ex-presidente Donald Trump, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos acessou secretamente os registros telefônicos de quatro repórteres do importante jornal norte-americano The New York Times, Matt Apuzzo, Adam Goldman, Eric Lichtblau e Michael Schmidt. Anteriormente, já havia sido revelado que a administração do republicano fez o mesmo com jornalistas que trabalhavam para o The Washington Post e para a CNN, outros importante título da imprensa do país. Os casos de espionagem, que teriam como objetivo descobrir quem eram as fontes dos repórteres, foram trazidos à tona pelo atual governo de Joe Biden, que disse que considera esse tipo de comportamento “simplesmente errado”. O diretor-executivo do New York Times, Dean Baquet, também condenou a atitude da administração Trump após a revelação desta quarta-feira, 2. “Tomar os registros telefônicos de jornalistas subverte profundamente a liberdade de imprensa. Ameaça silenciar as fontes das quais dependemos para oferecer ao público informação essencial sobre o que o governo está fazendo. O presidente Biden disse que esse tipo de interferência com a imprensa livre não será tolerada sob sua administração. Esperamos que o Departamento de Justiça explique por que essa ação foi adotada e que medidas estão sendo tomadas para assegurar que ela não volte a ocorrer”, afirmou. O governo dos Estados Unidos não confirmou qual reportagem teria levado a administração de Donald Trump a espionar os quatro jornalistas do New York Times. No entanto, a data e o nome dos repórteres que foram alvo dessas ações levam a crer que tratava-se de uma matéria publicada em 22 de abril de 2017. No texto, os quatro jornalistas discutem a relação das eleições presidenciais de 2016 com o FBI, cujo diretor na época era James Comey. Pouco depois da publicação da reportagem, Comey foi demitido por Donald Trump.
Fonte: Jovem Pan