Sputnik Light: Rússia aprova versão de dose única de vacina contra Covid-19

A versão original do imunizante, a Sputnik V, de duas doses, ainda não teve o seu uso emergencial pela Anvisa

A Rússia registrou, nesta quinta-feira, 6, uma versão de dose única da vacina russa Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya. O anúncio foi feito pelo Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF). Segundo o órgão, a Sputnik Light, como foi batizado o novo imunizante, tem uma eficácia de 79,4% contra a Covid-19 após 28 dias da aplicação e protege contra todas as variantes do coronavírus conhecidas até o momento. De acordo com agências internacionais, a pesquisa foi realizada como parte do programa de vacinação em massa da Rússia entre os dias 5 de dezembro de 2020 e 15 de abril de 2021. O intuito da vacina é imunizar um maior número de pessoas em um menor espaço de tempo, ajudando países que enfrentam um surto agudo da doença. A Sputnik Light não requer condições especiais de armazenamento e transporte e tem um preço acessível, inferior a US$ 10.

A versão original do imunizante, a Sputnik V, de duas doses, ainda não teve o seu uso emergencial aprovado no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A agência vetou o pedido de importação da vacina enviado por Estados e municípios brasileiros. A decisão unânime de negar o pedido foi baseada em falhas de segurança associadas ao desenvolvimento do imunizante, falta de relatório técnico para comprovar os padrões de qualidade e a dificuldade de acesso às instalações do Gamaleya. Segundo assessoria do Fundo Russo, a Anvisa, durante a visita em Moscou, teve pleno acesso a todos os documentos relevantes, bem como aos locais de pesquisa e produção. “O Instituto Gamaleya esclareceu à Anvisa que o limite utilizado para o controle de qualidade da vacina Sputnik V é muito mais rígido do que o limite regulatório permitido na Rússia e corresponde aos mais rígidos padrões dos reguladores mundiais. Esse limite estrito foi confirmado por 64 reguladores mundiais que autorizaram a Sputnik V e permite garantir a qualidade da vacina conforme comprovado por seu histórico de segurança e eficácia”, diz comunicado. A Sputnik V já foi licenciada para utilização em mais de 60 países. Até o momento, a única vacina que teve o uso definitivo aprovado pela Anvisa foi a da Pfizer, que chegou ao país nesta semana. A Coronavac e os imunizantes desenvolvidos pela Universidade de Oxford, em parceira com a Astrazeneca, e pela Janssen tiveram o uso emergencial autorizado.


Fonte: Jovem Pan

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