A equipe de Medicina da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, deu um grande passo no deslocamento de órgãos para transplante: utilizou um drone para transportar e entregar um rim para Trina Glipsy, paciente que aguardava o procedimento há oito anos.
A distância foi curta, apenas 5 km, mas tem importância significativa para uma possível melhora no tempo de transporte dos órgãos – que precisam de rapidez por causa da delicadeza do procedimento.
Segundo Charlie Alexander, presidente da Living Legacy Foundation, organização não-governamental dedicada ao transplante de órgãos, a equipe tentou “inovar os sistemas de deslocamento disponíveis para que os pacientes tenham um acesso melhor aos órgãos para transplante”.
Matt Scassero, diretor de teste de sistemas de aeronaves não tripuladas da Escola de Engenharia James Clark, disse que o drone é apenas o primeiro passo e que pode ser que “algum dia os órgãos possam ser transportados em aeronaves que atingem grandes distâncias”.
A equipe liderada pelo médico Joseph Scalea já havia testado drones para transportar amostras de sangue e outros materiais. Para Scalea foi um grande passo. “Este foi um processo complexo. Tivemos sucesso por causa da dedicação de todas as pessoas envolvidas durante um longo período”, disse em comunicado da universidade.
Scalea diz ainda que a logística de transporte é muitas vezes a parte mais complicada do processo de transplante de órgãos, já que envolve muitas vezes voos fretados caros ou depende dos horários de voos comerciais. Qualquer atraso no percurso pode inviabilizar um transplante.
Segundo a Universidade de Maryland, a paciente Trina Glispy, de 44 anos, recebeu alta e passa bem. “Essa coisa toda é incrível. Anos atrás, isso não era algo em que você pensaria”, disse Glipsy, que estava em diálise desde 2011.
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