O deputado federal Alex Manente (Cidadania-SP) conversou com o “Jornal da Manhã”, da Jovem Pan, nesta quarta-feira, 29, sobre as expectativas para o próximo ano e sobre a PEC da prisão em 2ª instância, projeto do qual ele é autor na Câmara. Para ele, entre as pautas urgentes para debate em 2022 estão formas de lidar com as consequências além das perdas de vidas trazidas pela pandemia. “O Brasil vive hoje uma situação de maior pobreza do que viveu nos últimos tempos e o grande desafio é debruçarmos sobre esse tema e fazer com que o Brasil possa se recuperar”, afirmou. O deputado apontou a aprovação do Auxílio Brasil como importante para ajudar pessoas a sobreviverem, mas lembrou da importância de outras ações que façam a economia girar. “Defendo que as reformas, especialmente a administrativa, que é um alívio no caixa do governo federal, possam ocorrer, assim como fazer uma reforma tributária mais ampla”, opinou. O combate à corrupção e a punição de pessoas que cometem crimes do tipo também foi apontado como essencial para a garantia das políticas sociais essenciais necessárias.
“Digo que a PEC da 2ª instância seria a grande reforma do sistema judiciário brasileiro. O ordenamento jurídico brasileiro seria mais célere, não apenas no âmbito criminal, mas em todas as esferas, fazendo com que a Justiça chegue a tempo de sanar os problemas vivenciados pela população. Hoje, ricos e poderosos conseguem postergar as suas condenações por 20 anos, 30 anos, e a grande população acaba não vendo suas sanções daquilo que foi cometido para a sociedade”, ressaltou. O representante do Cidadania lembrou da importância da mobilização da sociedade para que a Câmara se sinta pressionada para andar com a análise da PEC. “Vejo com muitas boas possibilidades levar diretamente a PEC para o Plenário da Câmara e ter os votos necessários”, disse.
Manente considerou que candidaturas de terceira via para as eleições dão a possibilidade de ampliação dos debates no Brasil, evitando que a população jogue a responsabilidade para polos opostos sem enxergar a possibilidade de futuro. Para ele, a unidade em torno de um candidato é essencial para viabilizar a candidatura de uma terceira via. “Creio que o senador Alessandro Vieira fez um ótimo trabalho na CPI, mas ele tem a consciência de que precisamos unir forças para poder ultrapassar as barreiras dessa polarização e, na minha opinião, precisamos concentrar todos os esforços em uma candidatura, se não não viabiliza. Você fatia essa votação dessas pessoas que querem fugir dessa polarização no primeiro momento”, afirmou. O deputado aponta o ex-ministro Sergio Moro como o principal nome para uma candidatura que rompa a barreira da polarização.
Fonte: Jovem Pan