A Polícia Civil de Minas Gerais (PC-MG) concluiu que Marília Mendonça morreu de politraumatismo contuso, assim como as outras quatro pessoas que estavam no avião que caiu em Caratinga (MG), no último dia 5 de novembro. Além da cantora, morreram no acidente aéreo o piloto, Geraldo Medeiros; o copiloto, Tarciso Viana; o produtor Henrique Ribeiro; e o tio e assessor de Marília, Abicieli Silveira Dias Filho. De acordo com o legista Thales Bittencourt de Barcelos, as mortes ocorreram por causa do impacto da aeronave com o solo, apenas depois que todos estavam no chão. O delegado Ivan Lopes Sales disse ter ouvido um piloto que ia para o mesmo destino, 20 minutos após o avião de Marília, que conversou com o colega da aeronave que levava a cantora, sem que qualquer tipo de problema fosse reportado. Isso descartou a possibilidade de que o avião tivesse sido atingido por algum disparo de arma de fogo ou que o piloto tivesse alguma doença que o levasse a perder a consciência.
Agora, a Polícia Civil trabalha com duas linhas de investigação: a hipótese de que o choque com linhas de transmissão de energia da Companhia Elétrica de Minas Gerais (Cemig) causou o acidente; e a possibilidade de uma pane nos motores, o que depende de análise do Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa), que está em andamento mas não tem data para ser concluída. A Cemig já confirmou que houve uma colisão com um cabo de energia, embora afirme que as torres estão localizadas fora do perímetro determinado em lei para proteção em volta de aeroportos. “Não descartamos nenhuma possibilidade. Mas há fortes indícios que as linhas de transmissão teriam sido as causadoras do acidente”, disse o delegado Ivan Lopes Sales. Contudo, o responsável pela investigação afirmou que não é possível atribuir a responsabilidade à empresa. A aeronave levava Marília Mendonça para um show em Caratinga e caiu quando faltavam apenas dois minutos para o pouso.
Fonte: Jovem Pan