Contrariando Butantan, instituto dos EUA diz que desenvolveu Butanvac

O diretor do Butantan, Dimas Covas, disse que os estudos vão trabalhar com diferentes doses e intervalos

O Instituto Mount Sainai, dos Estados Unidos, afirmou que desenvolveu a vacina anunciada nesta sexta-feira, 26, pelo Instituto Butantan como o primeiro imunizante 100% brasileiro. A entidade norte-americana diz ter feito uma parceria com a brasileira para conduzir os testes clínicos, contrariando o que havia sido dito por integrantes da direção do Butantan e do governo de São Paulo. Em nota, o Instituto reafirmou que a produção da vacina será 100% nacional. Segundo o documento, a entidade tem a licença de uso e exploração de parte da tecnologia que foi desenvolvida pela escola de medicina do Hospital para obter o vírus. O uso dessa tecnologia é livre do pagamento de royalties e pode ser feito por qualquer instituição de pesquisa em qualquer parte do mundo. Após a obtenção do vírus, começa o desenvolvimento da vacina completamente com tecnologia do Butantan. Ainda segundo o Butantan, o Mount Sinay, em Nova York, não havia autorizado a divulgação do nome do instituto nos comunicados oficias sobre a nova vacina.

A expectativa do governo paulista é iniciar os testes do imunizante em abril e concluir em cerca de dois meses, prazo considerado otimista por infectologistas. A entidade já trabalha com versões com proteção contra a variante do Amazonas, e garante que é capaz de modificar a fórmula para atuar contra eventuais mutações. A Butanvac utiliza a mesma tecnologia da vacina da gripe, mais barata, o que pode reduzir o preço final do fármaco. A entidade promete 40 milhões de doses disponíveis para vacinação em junho. O diretor do Butantan, Dimas Covas, disse que os estudos vão trabalhar com diferentes doses e intervalos. “É uma vacina que será mais imunogênica, os estudos clínicos em animais já demonstraram isso. E poderemos usar menores doses da vacina por pessoa. Com isso, o quantitativo de doses pode ser aumentado, podemos ter mais vacinas para a população.”


Fonte: Jovem Pan

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