A Polícia Nacional do Haiti anunciou na noite deste domingo, 11, a prisão de um médico residente nos Estados Unidos considerado como o “suspeito-chave” do assassinato do presidente do país, Jovenel Moise, na última quarta-feira, 7. Em coletiva de imprensa, o chefe da polícia local, León Charles, afirmou que Christian Emmanuel Sanon, de 63 anos, tinha planos de assumir o cargo do presidente diante do estado frágil da política no país. Ele não explicou, porém, como o médico pretendia fazer isso. Além de Sanon, pelo menos outras 12 pessoas foram presas por suposto envolvimento com o crime, dois eram norte-americanos e os outros 15 eram colombianos. O primeiro-ministro do país, Claude Joseph, declarou estado de sítio e pediu ajuda ao país norte-americano para garantir a paz no Haiti, mas até o momento somente um time de investigadores foi enviado ao local.
A primeira-dama do país, Martine Moise, que também foi ferida no ataque e chegou a ter a morte confirmada pela Organização dos Estados Americanos (OEA), sobreviveu ao atentado e enviou uma mensagem à nação também neste domingo. Ela agradeceu a Deus por estar viva e disse que aqueles que cometeram o ataque eram contra os planos políticos do marido dela, que seriam bons para o país. “Não podemos deixar o país se perder ou permitir que o sangue [de Moise] tenha sido derramado em vão”, afirmou em trecho de áudio publicado nas redes sociais. Martine tem estado de saúde considerado estável, mas ainda não deixou o hospital. Pelo menos 10 pessoas continuam sendo procuradas pelo envolvimento com o crime.
Fonte: Jovem Pan