Menos de 10 meses após primeiro óbito, Brasil atinge 200 mil mortes por Covid-19

Brasil atingiu a marca de 200 mil mortes

O Brasil atingiu nesta quinta-feira, 7, a marca das 200 mil mortes causadas pela Covid-19 no país. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS). Desde o dia 17 de março, quando a primeira morte foi registrada, o número de óbitos foi liderado pelo estado mais populoso do Brasil, São Paulo. Até o momento, 7.961.673 casos já foram registrados no país. Desses, 94.517 foram registrados nas últimas 24 horas. No mesmo período, foram contabilizadas 1.841 mortes causadas pela doença, fazendo com que o total de vítimas seja de 200.498. O país atinge a marca com a previsão de início da vacinação em 20 de janeiro – a imunização contra a Covid-19 já foi iniciada em países como Reino Unido, Estados Unidos e na vizinha Argentina. No Twitter, o CONASS informou que os casos e mortes referentes aos estados do Rio de Janeiro e do Amazonas são referentes às últimas 48 horas, e não às últimas 24 horas, como os demais estados.

Ministério da Saúde lamenta marca

Em nota enviada à imprensa no fim da tarde desta quinta, o Ministério da Saúde lamentou a marca, dizendo que o momento atual é de “reflexão” e defendendo que a sociedade deve unir forças para enfrentar a Covid-19. “Para nós, servidores do Ministério da Saúde, não é um momento só de pesar. É também momento de reflexão e de unir forças, para que todos os dias possamos trabalhar empenhados na solução dessa pandemia”, diz o comunicado, que também falou sobre o trabalho da pasta em garantir uma vacina segura para a população: “O Ministério da Saúde está trabalhando incansavelmente, acompanhando pesquisas científicas e reforçando diálogos entre o Brasil e outros países para garantir vacinas seguras e eficazes à população”. Por fim, a nota também exaltou o trabalho dos funcionários do Sistema Único de Saúde (SUS): “Pelo empenho desses profissionais e pelo sacerdócio a que se submetem diariamente no trabalho de salvar vidas, o Ministério da Saúde faz aqui o seu mais elevado agradecimento e reconhecimento, pois foram eles que já salvaram mais de 7 milhões de vidas no Brasil, hoje recuperadas e de volta aos seus lares e às rotinas de trabalho”, conclui o comunicado.

Infecções no Brasil

O primeiro caso da doença no Brasil foi registrado na quarta-feira de Cinzas, dia 26 de fevereiro de 2020. O paciente “número um” foi um homem de 61 anos que tinha visitado a Itália e foi internado no Hospital Albert Einstein. Naquele momento, uma série de casos suspeitos eram investigados no país. A maioria deles teria sido importada da Europa. O primeiro caso de transmissão interna no Brasil foi registrado no dia 5 de março e a Covid-19 foi considerada como uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 11 do mesmo mês, pouco antes da instalação de critérios de isolamento no país, em 13 de março.

A partir de 13 de março, os estados determinaram de forma individual as regras de funcionamento de comércios e outros serviços essenciais. A primeira morte no Brasil foi registrada no dia 17 de março. A vítima era um homem de 62 anos com histórico de hipertensão e diabetes, tipo de paciente considerado como de risco. No dia 1º de abril, todos os estados do Brasil tinham registro de casos do novo coronavírus. A partir do dia 2, o protocolo inicial, que pedia que só aqueles que tivessem sintomas da doença usassem máscara, muda: agora, o uso da proteção é sugerido a todos que saiam na rua. Na cidade de São Paulo, o uso da máscara se tornou obrigatório no dia 7 de maio.

Mortes

O Brasil ultrapassou a marca dos mil mortos no dia 10 de abril. O número chegou aos 10 mil no dia 9 de maio e teve crescimento exponencial por meses, batendo a marca dos mil mortos diários dez dias depois. Em 20 de junho, o país tinha mais de 50 mil mortes. No dia 8 de agosto, mais de 100 mil brasileiros tinham morrido e no dia 10 de outubro o Brasil tinha atingido a marca de 150 mil óbitos. Mesmo batendo as 200 mil mortes, o Brasil continua no segundo lugar entre os países com mais óbitos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que tem mais de 350 mil mortes e mais de 20 milhões de pessoas infectadas.


Fonte: Jovem Pan

Comentários