Número de crianças envolvidas em acidentes de trânsito cresce no Brasil, mostra pesquisa

Mais crianças têm sido vitimadas por acidentes de carro no país

O depoimento do representante comercial Victor Aparecido mostra que uma simples distração ao dirigir o carro pode gerar acidentes graves mesmo quando a criança está usando cinto de segurança. “O meu telefone tocou e eu fiz a besteira de olhar para quem estava me ligando. Quando olhei para frente o trânsito parou e eu acabei batendo no carro que estava na minha frente. Meu filho bateu o joelho no painel do carro, fez um corte, tivemos até que levar ele para o hospital para saber se estava tudo bem, mas, graças a Deus, estava tudo certo com ele. Mas foi um grande susto”, afirmou. Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) revelam um registro significativo no número de internações de crianças e adolescentes vítimas da violência no trânsito em 2021. Ao todo, um aumento de 45% nas regiões Centro-Oeste e Sudeste foi registrado. Em 2019, as duas regiões registraram apenas 14% no número de internações.

Segundo o membro da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego, Carlos Eid, a imprudência continua sendo responsável pela maior fatia dos acidentes com crianças. “Quando você pega uma criança na faixa etária até os cinco anos de idade, esta criança anda praticamente nos braços, nas mãos, de mãos dadas com seus pais. Então quando você pega a criança na faixa etária acima disso é uma criança mais livre, mais solta, e a preocupação grande nossa agora é o retorno às aulas, o retorno às aulas é um complicador nessa área de atropelamento das crianças menores”, afirmou. Entre janeiro e agosto de 2021, o número de internações por atropelamentos de crianças e adolescentes entre zero e 19 anos na condição de pedestres ou ciclistas, cresceu 9% em relação ao mesmo período do ano passado. Mais de 6 mil foram hospitalizadas em estado grave em todo o país. Eid, que é coordenador da pesquisa da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, explica que nos primeiros oito meses de 2021 o aumento mais expressivo em termos percentuais ocorreu no grupo de crianças com idade entre 10 e 14 anos. O aumento das hospitalizações nesta faixa etária foi de 17%.


Fonte: Jovem Pan

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