O Ministério da Saúde confirmou nesta quinta-feira, 26, o vazamento de lista com usuários e senhas que davam acesso aos bancos de dados de 16 milhões pacientes de Covid-19 que foram testados, diagnosticados e internados pelo Hospital Albert Einstein, incluindo autoridades como o presidente Jair Bolsonaro. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo e foi confirmada pela Jovem Pan. Os dados, que incluíam informações pessoais, estavam acessíveis na conta pessoal de um funcionário do hospital na plataforma github, conhecida por hospedar código-fonte e arquivos. Segundo o ministério, o Departamento de Informática do SUS (DataSUS) revogou imediatamente todos os acessos dos logins e das senhas que estavam contidos na planilha. O hospital afirma que a base foi “equivocadamente” publicada pelo profissional.
O Hospital Israelita Albert Einstein estava fornecendo dados epidemiológicos para o Ministério da Saúde por causa do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), um projeto que visa a “transferência de expertise de hospitais pela realização de projetos de educação, pesquisa, avaliação de tecnologias, gestão e assistência especializada voltados ao fortalecimento e à qualificação do SUS em todo o Brasil”. Durante reunião entre a pasta e o hospital nesta manhã de quinta, o Einstein confirmou que houve falha humana de um dos seus colaboradores – e não do sistema. O profissional responsável pelo vazamento é um cientista de dados contratado pela instituição.
Fonte: Jovem Pan