O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, falou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, neste sábado, 15, e justificou o ataque aéreo contra um edifício que abrigava sedes de veículos de imprensa na Faixa de Gaza, incluindo a da agência de notícias norte-americana Associated Press. O premiê israelense garantiu que o seu exército está fazendo “todo o possível para evitar prejudicar aqueles que não estão envolvidos” no conflito. “A prova é que os prédios com instalações terroristas são evacuados de pessoas não envolvidas antes de serem atacados”, acrescentou. O prédio de 11 andares que também abrigava o escritório da emissora de televisão estatal do Catar, Al Jazeera, foi destruído durante um bombardeio de Israel contra a Faixa de Gaza na manhã deste sábado, 15. Ainda não está claro se houve vítimas porque cerca de uma hora antes os militares israelenses alertaram que as pessoas deveriam deixar o prédio Al-Jalaa, que também era composto por apartamentos residenciais. Na ocasião, Israel justificou que seus aviões atacaram o prédio porque ele hospedaria “ativos militares pertencentes à inteligência militar da organização terrorista Hamas”, fazendo referência ao movimento islamita palestino. As autoridades israelenses reconheceram que o edifício também hospedava veículos de mídia e moradores, mas alegou que o grupo utiliza os civis como “escudos humanos”. O porta-voz militar israelense Jonathan Conricus também negou que o bombardeio tenha sido uma tentativa de Israel de silenciar a mídia. “Isso é totalmente falso, a mídia não é o alvo”, reiterou.
Biden conversa com presidente da Palestina
Também neste sábado, 9, Joe Biden conversou pela primeira vez com o presidente da Palestina, Mahmoud Abbas. O mandatário norte-americano disse que está trabalhando para “acalmar a situação” e afirmou que opõe ao despejo de qualquer palestino que resida na ocupada Jerusalém Oriental, além de revelar que falou com Netanyahu sobre a importância de manter o status quo na Esplanada das Mesquitas. Os primeiros lançamentos de foguetes feitos pelo Hamas foram uma resposta aos ataques de Israel contra a Mesquita Al-Aqsa, que fica em Jerusalém e é o terceiro lugar mais sagrado para os muçulmanos. Porém, desde o início do mês já vinham acontecendo protestos contra a expulsão de famílias palestinas do bairro ocupado de Sheikh Jarrah.
Fonte: Jovem Pan