Nesta sexta-feira, 4, a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, pediu que o governo de Belarus liberte os manifestantes que foram presos “de forma injusta ou arbitrária” durante protestos contra a reeleição controversa do presidente Alexandr Lukashenko. Ela também pediu que o país “ponha fim às atuais violações dos direitos humanos”. Desde o início das manifestações em agosto, 27 mil pessoas já foram detidas no país – 1.700 delas só durante a sequência de protestos dos dias 8, 15 e 30 de novembro. Segundo Bachelet, nos primeiros meses esses indivíduos cumpriam um máximo de 15 dias de detenção administrativa. Agora, a justiça começou a aplicar penas de prisão mais longas.
A alta comissária da ONU apontou, ainda, que existe uma constante perseguição política contra jornalistas, blogueiros, advogados e defensores dos direitos humanos da oposição, além da violência policial como forma de dispersar as manifestações. Nas últimas semanas, foi reportado o uso de gás lacrimogênio, canhões de água, bala de borracha, espancamento e outras medidas que Bachelet considerou como sendo “desproporcionais”, sendo que quatro civis acabaram sendo mortos durante os protestos. A preocupação é agravada pelo fato de Belarus não permitir o acesso de observadores da ONU.
Fonte: Jovem Pan