O empresário Otávio Oscar Fakhoury negou nesta sexta-feira, 11, que seria um dos membros do chamado “Gabinete do Ódio”, uma espécie de grupo que teria financiado atos antidemocráticos e disseminado fake news para beneficiar o governo do presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista exclusiva ao programa Morning Show, da Jovem Pan, Fakhoury disse não ter conhecimento do suposto gabinete. “Se existe, eu desconheço. Eu desconheço qualquer estrutura de ordens, de passar dinheiro para difamar pessoas. Eu, desde 2013, sempre fui um ativista. As minhas participações são sempre voluntárias, com recursos próprios. Eu não recebo ordem de ninguém para fazer nada. Não existe nenhuma estrutura de comando, de poder de influenciar”, afirmou. “Quem age por vontade própria não faz parte de gabinete nenhum.” Segundo o empresário, sua participação em movimentos começou com as manifestações contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Fakhoury foi membro do “Vem Para Rua”, mas acabou se dissociando para criar um novo grupo, o “Acorda, Brasil”, ao lado de Luiz Philippe de Orleans e Bragança.
“A gente ajudava as manifestações de rua. Fazíamos viagens para Brasília”, detalhou Fakhoury sobre sua participação. “Lembro que o Luiz Philippe a propôs uns seis ou sete vetos à Lei da Imigração do Aloysio Nunes e eles foram aprovados pelo então presidente Michel Temer. A gente fazia um ativismo mais focado em produzir resultado perante ao Congresso”, explicou. Em 2016, Luiz Philippe e alguns outros colegas, como a deputada federal Bia Kicis (PSL), decidiram se filiar a legendas e migrar para a política partidária. “Eu fiquei na minha. Eu colaborei durante a campanha eleitoral [de Jair Bolsonaro]. Mas todas as minhas colaborações durante a campanha foram declaradas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral)”. Durante a entrevista, Fakhoury desmentiu a acusação de que teria feito caixa 2 para a campanha de Bolsonaro. “Isso é mentira. Inclusive eu já ingressei com ação de indenização por danos morais. Aquilo foi uma constituição que eu fiz para grupos de direita ativistas do nordeste, que já tinham suas vaquinhas. Era uma campanha voluntária. Os líderes vieram para São Paulo e pediram ajuda. Não tem nada a ver com campanha eleitoral, nenhum deles era ligado à campanha”, assegurou.
Fonte: Jovem Pan