O ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuello, prestou depoimento nesta quinta-feira, 29, na Polícia Federal. Na ocasião, ele disse que recebeu um pedido informal do presidente Jair Bolsonaro para investigar a denúncia de irregularidade na compra da vacina Covaxin. O general teria, como ministro, também repassado as informações verbalmente para Élcio Franco. O secretário executivo do Ministério da Saúde, por sua vez, que teria respondido que não havia irregularidades no negócio. Segundo Pazuello, alguns órgãos do ministério apontaram erros no contrato e que eles foram corrigidos, sendo que o panorama não era de nenhuma “gravidade”. O ex-ministro disse não se recordar se o pedido do presidente aconteceu em 22 ou 23 de março. Eduardo Pazuello também afirmou que, mesmo após a aprovação das áreas responsáveis no ministério pela análise do contrato, o chefe do Executivo teria insistido para que ele fosse verificado.
O servidor do ministério, Luís Ricardo Miranda e o irmão, deputado federal Luis Miranda denunciaram na CPI da Covid-19 suspeitas de irregularidades na negociação de compra da Covaxin. Os dois afirmam que visitaram Bolsonaro e informaram sobre indícios de superfaturamento no preço do imunizante e de pressões para acelerar a assinatura do contrato. A Polícia Federal colheu o depoimento de Pazuello no inquérito aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e que investiga se Jair Bolsonaro cometeu crime de prevaricação, ou seja, se ele deixou de encaminhar e apurar as denúncias.
Fonte: Jovem Pan