Pelo menos 42 pessoas morreram, entre elas, 25 soldados, e outras 13 ficaram feridas tentando controlar mais de 30 focos de incêndio diferentes que atingem a região de Kabylia, no nordeste da Argélia, desde segunda-feira, 9. “Com grande tristeza e sofrimento ouvi a notícia da morte de 25 membros do Exército Popular Nacional depois que eles conseguiram salvar mais de 100 cidadãos das chamas”, declarou o presidente Abdelmadjid Tebboune através das redes sociais. Em entrevista dada à agência estatal “APS”, o diretor-geral de Florestas, Ali Mahmoudi, revelou que 103 incêndios florestais continuam ativos em 17 das 48 províncias do país. Mais de 600 agentes da Proteção Civil tentam controlar a devastação.
Apesar do período de calor na região, que teve temperaturas em torno dos 47ºC e falta d’água nas últimas semanas, o governo suspeita que o fogo tenha sido iniciado de forma criminosa. O ministro do Interior, Kamel Beldjoud, anunciou que uma delegação de até 140 peritos irá se deslocar no próximo sábado para áreas afetadas com o objetivo de avaliar os danos e perdas causados pelo incêndio. Os ventos fortes e difícil acesso às zonas montanhosas dificultam os esforços de extinção e centenas de habitantes de vários municípios foram evacuados e alojados gratuitamente em hotéis e salões de festas da região. Autoridades tinham se comprometido ainda no começo do verão a comprar aviões-tanque para controlar possíveis focos de incêndio, já que, mesmo com 4 milhões de hectares de florestas, eles não têm nenhuma forma aérea para tentar parar o fogo.
Fonte: Jovem Pan