Um ex-agente da Polícia Metropolitana de Londres foi condenado à prisão perpétua nesta quinta-feira, 30, por sequestrar, estuprar e assassinar uma mulher de 33 anos que desapareceu em março quando voltava para casa no sul da capital do país. Sarah Everard, executiva de uma multinacional, saia da casa de uma amiga quando sumiu. Ela passou uma semana desaparecida antes de ter seu corpo encontrado em uma cidade a 100 quilômetros de distância da capital. Depoimentos de testemunhas e diligências levaram os investigadores até o policial Wayne Couzens, de 48 anos, que confessou o crime. Após dois dias de julgamento, o juiz responsável pelo caso, Adrian Fulford, considerou que o réu usou do aparato policial para convencer a vítima de que ela estava sendo presa por burlar regras contra a Covid-19 antes de sequestrá-la, cometer crime de violência sexual e a assassinar por asfixiamento. Além do dano causado à vida de Sarah e aos amigos e familiares da vítima, a Corte entendeu que o ex-policial “danificou a confiança que o público tem na polícia da Inglaterra”.
Séries de protestos em todo o país europeu foram realizados após a morte de Sarah pedindo o fim da violência contra as mulheres no Reino Unido. Entre as vozes famosas que se juntaram à causa está a da duquesa de Cambridge, Kate Middleton. A comissária da Polícia Metropolitana, Cressida Dick, pediu desculpas aos familiares de Sarah e afirmou que a polícia está “devastada” com o ocorrido. O primeiro-ministro da Inglaterra, Boris Johnson, divulgou um posicionamento afirmando que o governo fará “tudo o que for possível para prevenir esses crimes abomináveis de acontecerem e manter a nossa comunidade a salvo”.
Fonte: Jovem Pan