O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirmou que os países ricos devem ir além do compromisso de dar US$ 100 bilhões de dólares anuais às nações em desenvolvimento para financiar ações de preservação ambiental e ajudar no combate às mudanças climáticas, durante participação na Conferência Sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (COP26), em Glasgow, no Reino Unido. “Acho que o desafio global é uma transição responsável na direção da neutralidade de carbono, de forma rápida, mas responsável. O que significa isto? Que nós precisaremos de mais recursos do que os US$ 100 bilhões anuais. Saiu um estudo esses dias de um banco que já fala em US$ 5 trilhões por ano tanto público quanto privado”, disse Leite, citando um estudo realizado pelo Boston Consulting Group, segundo o qual o mundo precisará investir US$ 150 trilhões nos próximos 30 anos se quiser conter o aquecimento global.
As nações desenvolvidas haviam se comprometido a doar R$ 100 bilhões anualmente a partir de 2020, mas não cumpriram com a promessa no ano passado e já admitem que não a cumprirão neste ano ou no próximo – a estimativa mais aproximada é que as doações devem chegar ao compromisso apenas em 2023. “O papel do Brasil é tentar buscar um consenso multilateral para que a gente rume de uma forma justa para uma economia mais verde. O grande desafio é o financiamento, o incentivo. O desafio não é punir, proibir ou parar [o desenvolvimento econômico]. É acelerarmos na direção de uma nova economia verde. E como eu faço isto? Incentivando. Com inovação”, afirmou o ministro brasileiro antes de afirmar que, para o Brasil e outros países em desenvolvimento, será difícil custear as inovações necessárias sem o apoio financeiro das nações ricas.
Fonte: Jovem Pan