Diante da falta de doses contra o novo coronavírus e a interrupção das campanhas de vacinação, chefes do Executivo de diversos municípios brasileiros se uniram para cobrar o governo federal por um cronograma com prazos e metas para a imunização. Em carta conjunta assinada pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), o grupo afirma que “não restam dúvidas” que o país “não soube lidar com a pandemia”, mas que agora exigem posicionamento da União na condução do Plano Nacional de Imunizações. “É urgente que o país tenha um cronograma com prazos e metas estipulados para a vacinação de cada grupo: por faixa etária, doentes crônicos, categorias de profissionais etc. Disso depende, inclusive, a retomada da economia, a geração de emprego e renda da população”, afirmam. A entidade também diz que “não é momento para discutir e avançar com a pauta de costumes ou regramento sobre aquisição de armas e munições”, citando a mudança das regras que flexibilizam a compra de armas pela população, e que as atenções do país deveriam estar na vacinação. “Isso é um desrespeito com a história dos mais de 239 mil mortos e uma grave desconsideração com a população.” Segundo a FNP, em 14 de janeiro uma reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, acordou que a cada 10 dias novos encontros seriam realizados para atualização da imunização. Porém, até agora, nenhum agendamento foi feito.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), informou nesta segunda-feira, 15, em publicação nas redes sociais, que recebeu a notícia de que não chegaram novas doses da vacina contra a Covid-19 na cidade. Por isso, a campanha será interrompida. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, foram vacinados nesta segunda-feira os idosos com 84 anos, e na terça, com 83 anos. Com a chegada de novas remessas na próxima semana, a previsão é que a vacinação de pessoas com 82 anos seja retomada. A situação é semelhante em Curitiba. Segundo a Secretaria de Saúde da capital paranaense, os estoques estão perto do limite e a imunização pode ser suspensa nesta sexta-feira, 19, se novas doses não forem encaminhadas pelo governo federal.
Fonte: Jovem Pan