Prefeitura de SP prevê investimentos de R$ 45 milhões em 2022 para manutenção de pontes, viadutos e túneis

Segundo o secretário de Infraestrutura Urbana e Obras, quanto maior a demora para fazer manutenções, maiores se tornam os problemas e mais caras as reformas

A secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras da capital paulista apresentou números e dados sobre a situação das estruturas que marcam a cidade. De acordo com o órgão, São Paulo conta com 520 dessas “obras de arte”. Além de mostrar a grandiosidade da metrópole, escancara a necessidade de atenção às pontes, viadutos e túneis, por onde circulam milhares de pessoas diariamente. Em evento no Instituto de Engenharia de São Paulo, na última sexta-feira, 08, o secretário Marcos Monteiro informou que a cidade conta com um programa específico para ações nessas obras. Criado ainda na gestão Bruno Covas, mais de R$ 100 milhões foram investidos para estudos e recuperações. Monteiro explica que as estruturas de concreto e aço têm prazo de validade, diferente do que se imagina, como obras eternas. “Ao longo do tempo, essa condição de uso vai decaindo e a gente tem que fazer com que elas passem por manutenções para recuperar as condições de uso. Outra coisa que a gente sabe é que se a gente deixa essas estruturas sem manutenção, a medida que o tempo passa, a manutenção vai se tornar cada vez mais cara, não é linear. Demora mais tempo, os problemas se agravam e os custos de recuperação são muito maiores”, explicou.

Desse modo, o secretário acrescenta que a cultura de manutenção tem que ser política de governo, pois é investimento para evitar problemas futuros. A meta da prefeitura prevê a intervenção de mais de 160 pontes, viadutos e também túneis da cidade de São Paulo. Desde o começo deste ano, já foram feitas mais de 100 inspeções visuais e, agora, a prefeitura também trabalha com mais de 50 pontos que passarão por licitação para inspeções especiais. Para 2022 estão previstos mais r$ 45 milhões em investimentos.

Rafael Timerman, coordenador da Divisão Técnica de Estruturas e Controle Tecnológico do Instituto de Engenharia de São Paulo, disse que é fundamental preservar tais obras. Mais que isso, o engenheiro disse ser necessário saber sobre a situação das estruturas. Para ele, em todo o Brasil, há um déficit preocupante. “Se a gente não sabe a quantidade de pontes que a gente tem no Brasil, eu tô falando não só de São Paulo, como é que a gente sabe a condição em que elas estão? Nós estamos correndo riscos”, disse. A prefeitura de São Paulo ainda informou que até o final do ano está previsto o lançamento das licitações para contratação de 30 obras, entre recuperação estrutural e trocas de juntas de dilatação.


Fonte: Jovem Pan

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