Presidente do PDT articula ‘reunião dos democratas’ para debater impeachment de Bolsonaro

'Temos que deixar 2022 para 2022 e fazer uma chamada de todos os democratas', afirma o presidente do PDT

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, articula uma reunião nesta semana com diversas siglas para debater a possibilidade de apoio a um eventual pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. À Jovem Pan, ele afirmou que o mandatário do país “extrapolou todos os limites aceitáveis” e convocou seus seguidores para um golpe de Estado, ao discursar a apoiadores na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e na Avenida Paulista, em São Paulo, nos atos bolsonaristas deste 7 de setembro. “Como sempre, Bolsonaro achou que estava no cercadinho para fazer as afirmações golpistas que ele costuma fazer. Mas dessa vez foi mais grave: ele fez o que fez para uma multidão, não só para os adestrados. Colocou o nome de ministro do STF, disse o que vai fazer, convocou os seguidores para um golpe. Extrapolou todos os limites aceitáveis”, disse à reportagem.

O dirigente espera reunir representantes de diversas siglas, de centro e de oposição, e realizar dois encontros até a sexta-feira, 10. Desde o início do dia, Lupi entrou em contato com os presidentes do Cidadania, Roberto Freire; do PSB, Carlos Siqueira; do PT, Gleisi Hoffmann; e do PSOL, Juliano Medeiros. Nas próximas horas, o líder do PDT pretende formalizar o convite a Gilberto Kassab, do PSD; ACM Neto, do DEM; do MDB, Baleia Rossi, entre outros. Nesta terça-feira, 7, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, convocou uma reunião da Executiva Nacional do PSDB para tratar sobre a posição dos tucanos em relação à destituição de Bolsonaro. “Não há distinção, é um chamado aos democratas, a todos os que querem a democracia. Dividir os que defendem a democracia e os que não defendem”, afirma. “Temos que deixar 2022 para 2022 e fazer uma chamada de todos os democratas, dar um golpe de democracia nele [Bolsonaro]. Na minha avaliação, o impeachment se fortalece muito, porque até entre deputados que não são simpatizantes se sentem ameaçados. Começa assim: inflama o seguidor, mira em um ministro, depois se volta contra o Congresso e o golpe se perpetua. Ou a gente acorda e bota o impeachment para andar ou será tarde demais”, acrescenta.


Fonte: Jovem Pan

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