Público celebra volta da Bienal com mais de mil obras em São Paulo

Edição de 2020 foi adiada em virtude da pandemia do coronavírus

A professora de inglês Denise Rodrigues não via a hora de desbravar as obras da Bienal. “Eu estava com uma expectativa muito grande para abrir a Bienal. Sempre que eu passava por aqui, eu perguntava, e eles sempre falavam para mim: ‘Setembro’. E abriu mesmo”, comemorou. Inicialmente prevista para 2020, a edição da Bienal foi adiada por causa da pandemia do coronavírus. A curadora da mostra, Carla Zaccagnini, explica que a Bienal tem como tema deste ano a frase: “Faz escuro mas eu canto”. “É um verso do poeta amazonense Thiago de Mello, publicado 1965, que nos fala da necessidade arte, da cultura, da poesia, em momentos difíceis. Uma pergunta que fizemos ao longo desses anos de trabalho foi justamente: ‘Quais são as questões, quais são as vozes que não podem ser caladas em um momento como esse?”, diz Carla.

São mais de 1.100 trabalhos de 91 artistas de todos os continentes e do Brasil. A exposição tem quadros, fotografias, roupas, instalações e até objetos feitos em papel machê em estrutura de arame. Esta será a Bienal com a maior representatividade de artistas indígenas de todas as edições, com 9 participantes de povos originários de diferentes partes do globo. As visitas não precisam ser agendadas, mas o uso de máscara é obrigatório, além da apresentação de um comprovante de vacinação, com pelo menos a primeira dose contra a Covid-19. A jornalista Rafaella Mello disse que veio preparada para a visita. “Aquela sensação da gente poder voltar aos poucos, poder mostrar o cartão de vacina, sentir uma segurança de ver a arte e está bastante ansiosa para vir”, relatou.


Fonte: Jovem Pan

Comentários